A importância de ter um plano funerário
A dor da perda de um ente querido é inestimável, porém, infelizmente, os custos do funeral podem ser bastante elevados. Nesse sentido, os planos funerários surgem como uma alternativa recomendada para evitar o pagamento de valores abusivos em um momento de fragilidade. Apesar de parecer uma abordagem fria, planejar os custos da morte pode trazer tranquilidade financeira.
Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira e da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), enfatiza que um plano funeral é um investimento seguro e certeiro. Assim como em qualquer outro serviço, quanto mais bem planejado for o enterro, mais barato ele custará.
Existem opções de planos funerários tanto para o indivíduo quanto para a família, nos quais um valor fixo é pago mensalmente. A cobertura desses planos inclui despesas como registro em cartório, traslado do corpo, embalsamento, velório e sepultamento ou cremação. Sem um plano funerário, esses serviços podem custar entre 1.800 e 60 mil reais.
Esses serviços são oferecidos tanto por empresas de assistência funerária quanto por seguradoras, que comercializam planos muito semelhantes. No caso das seguradoras, a assistência funeral geralmente é um complemento do seguro de vida ou de acidentes pessoais, sendo reguladas e fiscalizadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).
A cobertura do plano pode garantir o reembolso dos gastos com o funeral quando o consumidor escolhe a prestadora do serviço e posteriormente apresenta as notas fiscais das despesas. Também é possível optar por ter todos os serviços executados por uma funerária escolhida pela seguradora, conforme explica José Varanda, coordenador da Escola Nacional de Seguros.
Por outro lado, os planos oferecidos pelas empresas de assistência funeral apenas executam o serviço e não reembolsam os clientes. Esses planos são comercializados independentemente de outros seguros e são regulados por uma lei específica dos planos de assistência funerária, criada em março deste ano.
Tanto os planos das seguradoras quanto os das empresas de assistência funeral podem ser seguros, desde que o consumidor pesquise a idoneidade da empresa e tenha clareza sobre o serviço contratado, como orienta Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste Associação de Consumidores. É recomendável consultar o site Reclame Aqui e o Procon de sua cidade para obter informações adicionais.
Maria Inês destaca que a morte pode pegar qualquer família desprevenida, deixando-os incapazes de arcar com os custos. Os planos funerários protegem as pessoas nesse momento difícil. No entanto, é importante levar em consideração que as prestações serão pagas por um longo período e há o risco de a empresa desaparecer antes de você precisar utilizar o serviço. Nesse aspecto, as seguradoras podem ser mais vantajosas, pois são obrigadas por lei a constituir reservas financeiras.
Os planos das seguradoras normalmente oferecem cobertura para mortes em todo o país, enquanto a maioria dos serviços das empresas de assistência funeral cobre apenas mortes locais.
Quanto ao custo de um plano funerário, eles podem ser vantajosos porque, em geral, as empresas têm poder de negociação para oferecer os mesmos serviços por um preço muito abaixo do que os consumidores contratariam individualmente. Pedro Bulcão, presidente da Sinaf Seguros, explica que na Sinaf, um pacote básico de assistência para um funeral no valor de 5 mil reais, combinado com um seguro de acidentes pessoais que oferece a mesma indenização, para uma família com filhos e pais de até 40 anos, custa apenas 15 reais por mês.
Contratar um seguro de vida com assistência funerária pode ser mais vantajoso do que optar por um plano funerário isolado, uma vez que os preços são muito semelhantes, além de o seguro de vida ser uma importante ferramenta de planejamento financeiro.